sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

NA BEIRINHA DA MORTE

"O Senhor é meu pastor, e Ele não me vai me faltar.
Vai me deitar em uma grama bem verdinha e vai me guiar pelas águas só o filezim de calma.
Que Ele refresque a minha alma, como uma sombra debaixo de um coqueiro ao meio dia. E que me tanja com justiça pelo amor dEle.
Ainda que eu ande na beirinha da morte, não vou ter medo porque Deus não vai arredar de perto de mim.
Teu carão e teu cuidado me consolam.
Ajeita uma mesa diante dos cabocos que não vão com a minha cara.
Unge tanto minha cabeça chata com óleo, que vai derramar como um açude transbordante.
E tenho certeza da gota serena que a tua bondade e tua misericórdia vão vir comigo por onde eu vagar.
E vou morar na tua casa, porque ela vai ser onde eu estiver até eu bater as botas.
Amém!"
(Escritiúra na Linguagem de um Cabra da Peste, Salmo 23)

Nenhum comentário:

Postar um comentário