terça-feira, 12 de novembro de 2013

UM ENCONTRO MAIS-QUE-PERFEITO


"Sabe quando um encontro que tinha tudo para ser comum e se tornou singular?
Sabe quando um encontro que tinha tudo para ser casual e se tornou mais que perfeito?
Calma, calma... Essas perguntas não são parte de uma música do NX Zero nem do Restart. Na verdade, quando penso num encontro, eu me lembro da história narrada no Evangelho de Lucas. A que fala de uma estrada longa e batida que dava lá em Emaús, dois homens tristes e um Deus encarnadamente ressurreto.
Esse caso tinha tudo para ser acidental, mas como o Criador gosta de embaralhar o juízo do ser humano, é possível da água tirar vinho para o final da festa. A vida, mesmo sendo clichê, é um ciclo. Não há dúvidas, ela dá voltas, e que é cheia de encontros e desencontros. Podem se passar anos, as pessoas mudam de casas, passam de fase e até trocam de ideias, porém no fundo, no âmago da profundidade do interior, parece que nada mudou com o tempo. No bom sentido, é claro.
Os dois discípulos de Jesus voltavam de Jerusalém no rumo de Emaús, que era uma cidade tão pequena, que se fosse no Ceará, seria menor que um Distrito. Tipo assim... Icaraizinho de Amontada, que de pequena quase não aparece no mapa. Voltando pra história... Aqueles homens, naquele momento pós-Calvário, acreditavam na desilusão e frustração. Eles se desencontraram deles mesmos, a partir do momento que o que achavam que ia acontecer virou decepção. E só restava a vontade de recomeçar. Mas por onde? Como “resetar” tudo sem conhecer o novo paradigma?
De repente, o encontro. O reencontro. A volta dAquele que não foi. Sutilmente Cristo aparece e se “encosta” na conversa dos dois sujeitos. Eles proseiam colocando a conversa em dia. Ao tocarem no assunto do momento, o mais “tuitado” na internet da época. Jesus aparentou não está “antenado” nesse tema, o qual Ele próprio era protagonista. Surpresos, os dois o questionaram: - “Tu não tens Facebook? Por acaso, não viste o que publicaram na rede? Deveras não tens nem TV que preste... Nós achávamos que Aquele homem era o Messias, mas nada aconteceu no terceiro dia”.
Jesus tentou o máximo argumentar. Explicou as Escrituras como ninguém, mas era como se estivessem com os olhos “apregados”. Nada. Nada de reconhecimento, e como já estava tarde, o Mestre se despediu da prosa que estava boa, mas não dava pra prolongar... Afinal de contas, naquela região não passava o Ronda do Quarteirão Romano. Surgiu o convite do “fique mais um pouco”, como Jesus não era de ferro, aceitou a solicitação. Por uma obra celestial, eles reviveram a cena da Santa Ceia. Ao partir do pão, naquela cozinha daquele fim de mundo, os privilegiados olhos daqueles cidadãos se ”desapregaram” e um disse para o outro: “Rapaz... como é bom ter o coração ardendo de novo ao ouvir Aquela voz. Estava com tanta saudade de Jesus e Ele veio aqui nos abraçar!”
O que parecia ser um encontro casual, simplesmente foi marcante. Pelo simples fato de haver amor e esperança naquele momento. O encontro de uma bela amizade é do mesmo jeito. Nunca muda, porque quando os olhares se cruzam como da primeira vez, o coração arde novamente. Parece que nunca nos separamos, parece que nunca houve a morte, parece que nunca houve sofrimento nem solidão. Parece que foi só um sábado, entre o calvário e o túmulo vazio, que nos separou. Nisto conhecerão que são amigos de Deus, quando se tornarem amigos uns dos outros".

Nenhum comentário:

Postar um comentário